domingo, 19 de dezembro de 2010

de novo...

de novo a dor e nada mais...de novo, sofrer apenas por "mea culpa".
os gritos pararam dentro da minha cabeça, apenas para dar lugar ao silêncio, ao vazio.
apenas para dar lugar ao nada em que me tornei com o passar dos anos, com a pena que sinto de mim mesmo. já não mudo, já me acostumei. amor amor amor, paixão, sentimento..desgraça, desvairo da minha alma. só me apetece pousar as mãos no chão e gritar "DESISTO", BEM ALTO PARA QUE TODOS ME OUÇAM. para que parem de tentar, para que parem de chatear.
mais uma vez só consigo recordar o único poema que sei de cor:


"Da alma e de quanto tiver,
quero que me despojeis,
contanto que me deixeis,
os olhos para vos ver;
coisa este corpo não tem,
que já não tenhais rendida,
depois de tirar-lhe a vida,
tirai-lhe a morte também.
se mais tenho que perder,
mais quero que me leveis,
contanto que me deixeis,
os olhos para vos ver."
por Luís Vaz de Camões
apenas isto e nada mais, repetido vezes e vezes sem conta, dentro de uma mente, uma alma, que de resto está vazia.
"E que a morte venha rápida, indolor...e que ela me dê asas e a eternidade para sonhar"
por mim

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