os gritos pararam dentro da minha cabeça, apenas para dar lugar ao silêncio, ao vazio.
apenas para dar lugar ao nada em que me tornei com o passar dos anos, com a pena que sinto de mim mesmo. já não mudo, já me acostumei. amor amor amor, paixão, sentimento..desgraça, desvairo da minha alma. só me apetece pousar as mãos no chão e gritar "DESISTO", BEM ALTO PARA QUE TODOS ME OUÇAM. para que parem de tentar, para que parem de chatear.
mais uma vez só consigo recordar o único poema que sei de cor:
"Da alma e de quanto tiver,
quero que me despojeis,
contanto que me deixeis,
os olhos para vos ver;
coisa este corpo não tem,
que já não tenhais rendida,
depois de tirar-lhe a vida,
tirai-lhe a morte também.
se mais tenho que perder,
mais quero que me leveis,
contanto que me deixeis,
os olhos para vos ver."
por Luís Vaz de Camões
apenas isto e nada mais, repetido vezes e vezes sem conta, dentro de uma mente, uma alma, que de resto está vazia.
"E que a morte venha rápida, indolor...e que ela me dê asas e a eternidade para sonhar"
por mim
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