quarta-feira, 30 de julho de 2008

Assim

Assim, sem mais nem menos, alguém que conhecemos, um amigo, colega, conhecido, alguém que realmente amamos vai-se. É incrível a vida. O tempo que demoramos a crescer, tanto em corpo como em mente e de repente, numa fracção de segundo, tudo acaba. Desligamos deste mundo a uma velocidade muito superior aquela que precisamos para cá chegar, sem um aviso, advertência, nada que seja para termos tempo de nos despedirmos de quem cá fica e do que cá fica. Do que cá fica... e o que fica mesmo? As memórias, lembranças, o sangue do nosso sangue, tudo aquilo que fizemos e que nada irá mudar. Enquanto pessoas nenhum de nós é nada mais que as suas próprias acções, nós somos aquilo que fazemos e só por isso seremos lembrados. Quanto mais fizermos, mais tempo viveremos. Não estamos mortos porque paramos de funcionar, de falar, rir ou respirar, morremos apenas quando do que cá fica, não restar nada, só aí estamos verdadeiramente mortos, só aí chegamos ao fim. Não ao fim de um corpo, mas sim ao fim de nós mesmos, das nossas lembranças e de tudo o que demos ao mundo. Tu tens sorte, pois podes aproveitar o muito ou pouco tempo que tens para fazer a diferença. Tu podes escolher quanto tempo vais viver para além da tua morte. Pensa, muda o que estás a fazer mal, só tu o podes fazer por ti. Não adormeças, porque se o fizeres quando acordares pode ser tarde de mais.

3/6/2005

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