quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

aquele que ri e faz rir
nao é mais que uma mera marioneta
mexe-se de acordo com os movimentos dos outros
sem vontade propria ou sonhos,
existe sem viver, num mundo demasiado tacanho,
com medo de cortar as cordas que o prendem.
teme sem saber,
pois julga que as mesmas cordas que o controlam,
são as únicas a impedi-lo de cair.
não sabe, e por isso assim ficará,
com medo de tentar descobrir se ha mais para alem daquelas cordas.

triste marioneta
que o destino decidiu empatar,
fala, canta e ri sem sair nunca do lugar..

o tempo passa e a propria existencia esmorece.
e a marioneta continua,
fala, canta e ri, e cada vez perde mais um pouco de si...

é entao que o destino se deixa levar,
e dá as cordas a outra mao.
esta mão é mais suave,
não forca os movimentos.
esta mao apenas indica o caminho.
a marioneta é levada a escolher,
mas não sabe,
o tempo entorpeceu a sua mente,
tenta e tropeça, fica triste...
mas pensa, levanta-se e recomeça,
ao dar o primeiro passo,
algo está diferente,
sente-se livre demais...

a mão já la não está,
e levou as cordas consigo.
e agora a marioneta está sozinha.

mas levanta a cabeça
e volta a pensar...
onde estará a mão?
não a que insistia em manobrar,
mas a doce, que a ousou libertar?

passo atras de passo,
a marioneta começa a andar,
procurando a mão...
a que lhe mostrou por onde podia ir,
a que apenas indicou,
e mostrou que havia mais,
mais do que cantar, rir e falar
sem sair do lugar.
a marioneta gostou do que viu,
das hipoteses que lhe foram apresentadas,
mas a mao levou as cordas,
e a marioneta não sabe para que lado é a estrada.

senta e pensa na mao,
na suavidade do seu toque,
na destreza dos seus movimentos(...)

apenas um rascunho iniciado ha mais de um mês atrás...já não tenho o mesmo sentimento dentro de mim, que tinha quando o escrevi...como tal e pelo menos para já, não consigo terminá-lo... mas quero fazê-lo...um dia...até lá, cruzem os dedos pela marioneta...

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