segunda-feira, 25 de março de 2013

Por aqui...

Tanto tempo passou, sem vir aqui, sem escrever, sem precisar... tenho lutado contra mim mesmo durante as últimas semanas para não voltar, para não reentrar neste ciclo...já não possuo a vontade de outrora, de escrever e contar o que está mal... eu sei o que está mal.

Escrevo porque de todas as mulheres que me fizeram escrever aqui, porque no fundo foi isso e apenas isso que me fez iniciar o blog em 2008, és a unica que não pode de maneira nenhuma não estar aqui... Foi 1 ano, foi verdadeiro para mim, foi intenso, foi dificil... foi uma relação...
Nem melhor nem pior que muitas outras que conheci de amigos, com os seus problemas, alguns graves, outros nem tanto, tivemos os nossos momentos bons, os maus, os dificeis e alguns incompreensiveis à vista de quem tenha mais ou menos de maturidade...aprendi, espero ter ensinado, mudei, lutei, duvidei, sorri, chorei, dancei, esforcei-me, tentei bem ou mal, como sabia, fazer as coisas da maneira que me parecia melhor... também errei, erraste, fiz o possivel sempre, para que tudo fosse andando pelo melhor.
Partilhamos tudo das nossas vidas, pessoas e momentos, manias e atitudes... sei que dei o que tinha, penso que fizeste o mesmo.

Andei, as vezes ainda ando, à procura de "porquês", mas cada vez mais percebo que não existem grandes respostas para isso...
Em muitos momentos fui abaixo, alturas em que provavelmente não reparaste que me questionava sobre nós, alturas em que tudo me dizia para desistir devido à uma quantidade excessiva de "opiniões" e "manias" com as quais não me identificava, mesmo antes de Sagres... sempre tentei dar a volta, sempre tentei relaxar e esperar que algum dia visses que não tinhas sempre razão. Fi-lo porque independentemente de tudo, sabia que te amava e o mais importante era ver-te sorrir, mesmo que estivesse a morrer por dentro, mesmo a deitar abaixo tudo aquilo em que eu acreditava para te dar razão, eu dava tudo por esse sorriso... Fui-me anulando tanto como pessoa que tive de ouvir de ti: "não és o mesmo que conheci" antes da relação terminar... não era, ainda não sou, tudo porque me deixei ir no teu perfume, na tua onda. Estou porém cada dia mais perto, não do que fui, mas de algo diferente, feito com sobras do que eu era e das coisas boas que me deste. Lutei sempre por ti, nem sempre da melhor maneira, mas lutei...
Sei que para ti não foi fácil, sei que também deste e lutaste até onde podias, ou até onde achaste que valia a pena...
Sei também que há mais razões para ter terminado, razões que se escondem atrás do teu sorriso, razões que provavelmente não percebes, nem sabes que estão aí... Isso espero que ultrapasses com o tempo, que te tornes numa pessoa melhor e que consigas amar como eu amei, sem cordas, sem pé atrás, sem medos.

Escreveria mais, mas não vejo utilidade...

Acabou porque desististe, porque não aguentaste mais. Acabou porque não amavas o suficiente.


...e mesmo assim, foste a melhor coisa que alguma vez me aconteceu.
o que sinto, diz-me apenas que estou vivo...


Saudade

Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já...

Saudade é amar um passado que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida...

Saudade é sentir que existe o que não existe mais...

Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que continuam...

Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
aquela que nunca amou.

E esse é o maior dos sofrimentos:
não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver.

O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido.
Pablo Neruda

1 comentário:

Anónimo disse...

Nunca disse que nao tinha orgulho em ti. Apenas nao disse q tinha. My bad.
Mt coisa, se fosse falada, teria corrido melhor. Obviamente tive orgulho em ti, e foste o meu pilar la em baixo. Ate ao dia em q os teus dedos de raiva marcaram o meu braço medroso. É só isso que tenho a apontar-te. E mesmo isso, eu compreendo. Ja compreendi. Ja encontrei uma resposta. És humano. E nao és de ferro! E enquanto me apoias te aqueles 4 meses, eu nao tive á altura de fazer o mesmo. Só cobrava. Só olhava para mim. Peço dcpa por ter sido o que fui. Mas n cnseguia mais. Peço dcpa por n ter sido a mulher q deveria ser, a mulher q talvez seria hj, cm pés e cabeça no chão. Mas em vez de inocencia e calor no coraçao, nao tem nada mais que um gelo interminavel. Obrigada por tudo. Foi o melhor verão da minha vida. E mais uma vez desculpa não ter tado á altura, mas tive medo.